quinta-feira, 16 de julho de 2015

Inception


Alguns comentários soltos sobre "A Origem" (Inception - 2010), só porque ultimamente ando meio preguiçosa pra escrever textos lonnnngos que ninguém vai ler.

Sobre o roteiro:
- "A Origem" é um filme genial?? Sim. É um filme polêmico?? Também. É original?? absolutamente não. Essa história de viajar através dos sonhos, sonho dentro de sonho, confusões sobre o que é real..., isso é mais antigo que meu all star todo rasgado. Olha essa tirinha bem legal do Calvin que retrata esse tema:



- senti falta de mais surrealismo. Meus sonhos não são tão bonitinhos e "reais" como os do filme, neles existem dinossauros e porcos voadores...
- esse filme tem um dos clímax mais tensos que já tive a oportunidade de assistir, a cada segundo que o caminhão caia na água parecia que eu também estava lá e ficava mais penetrada nos sonhos

Sobre os atores:
- eu gostei da Marion Cotillard desde que assisti "Piaf", e com "A origem" esse sentimento aumentou (isso ta muito gay, vou parar -.-"). Mas falando sério, ela consegue transmitir uma emoção através do olhar que não é pra qualquer atorzinho de "Malhação"....
- falando nela...., que baita azar o Leozinho tem com esposas em?? Tem a louca que matou os filhos no também excelente "Ilha do Medo", a perturbada Mal. 

Sobre o poster do filme:
- os designers bem que podiam ser mais criativos em?? Qualquer semelhança não é mera coincidência. Parece que todos os cartazes dos filmes do Nolan é um copia e cola. Fiz um cartaz desse filme bem mais legal (ou não) do que o original .



Sobre o diretor:
- eu gosto do Cristopher Nolan, acho ele um diretor extremamente correto, que procura sempre seguir uma mesma linha estética, tanto que as vezes até parece que ele tem medo de fugir  do  universo escuro e azul...

Resumindo tudo: (pra quem teve preguiça de ler o restante do texto)
"A origem" é um daqueles filmes que merecem ser vistos n vezes, e que em todas às vezes que a pessoa assiste chega a uma nova conclusão. Eu mesma já vi 3 vezes, e em cada uma tive interpretações diferentes sobre algumas coisas do filme.

Nota: 9,5 de 10 

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Salt ou a arte de salvar o mundo sem calcinha


Algumas pequenas considerações do filme "Salt":

- é um "missão impossível" dos tempos atuais com uma mulher Angelina Jolie S2 como protagonista

- ela passa o filme inteiro sem calcinha. É sério....

- se bem que ainda acho que todo agente da CIA é treinado pra usar 2 calcinhas para casos de emergência...

- eu sei que é impossível deixar a Jolie feia, mas não tinha gostado dela loira em "Uma vida em 7 dias", e dessa vez cheguei a conclusão: eu decididamente não gosto dela  com cabelo amarelo.

- o filme é quase um "Transformes" de tanto merchan , temos:  pepsi,  heineken,...

- ela salva o mundo de uma 3ª guerra mundial SOZINHA (e como já disse, sem calcinha), seria a 001?? =P

- o filme é repleto de cenas clássicas de filmes de ação, como, por exemplo, perseguição de moto, pessoas pulando de um caminhão a outro, a mocinha se jogando de uma ponte e ter um caminhão por sorte passando na hora, o mocinho que na verdade é bandido..., enfim, eu AMO MUITO TUDO ISSO quando bem feito, como no caso de "Salt"...

- SPOILER...... desde o inicio desconfiei que ela ia usar o veneno da aranha pra fazer o presidente se fingir de morto.

- o marido da Jolie no filme tem uma cara gigante de mané.

- a parada da galerinha usando máscara é MUITO "Missão Impossível".

- a Jolie como Salt me lembrou muito a personagem que ela interpretou em "O procurado".

- no final de tudo o que importa é que é um filme bem divertido e que, pode acreditar, apesar de todo o cansaço que eu estava quando assisti, não deixa a pessoa dormir diante de tantas reviravoltas.

Super recomendo pra quem deseja assistir um bom filme de ação!!

Nota: 8 / 10

terça-feira, 7 de julho de 2015

Curta o Curta: Mad Max Renegade

O curta de hoje é feito por um fã (curta não oficial), mas mesmo assim muito bom.
O curta se situa entre o 1º e 2º filme do Mad Max, e segue a estética do 1º filme.

Algumas curiosidades interessantes sobre esse curta:
 - o ator que fez o Max nesse curta, o Liam Fountain, chegou a fazer teste para interpretar o Max do novo filme, o "Mad Max: Estrada da Fúria".
- o diretor desse curta também tem como sobrenome Miller, no entanto não possui nenhum parentesco com o George Miller.
- o carro do curta é um Ford Falcon, o mesmo utilizado pelo Max nos filmes.
- o curta tem a mesma placa de contagem de mortes na estrada do 1º filme.


Achei muito boa a ideia desse outdoor na estrada.

sábado, 4 de julho de 2015

O Exterminador do Futuro e suas linhas temporais


Dizem que toda ação gera uma reação, onde, por exemplo, o simples bater de asas de uma borboleta pode provocar um furacão do outro lado do mundo. Se uma simples borboleta pode provocar esse efeito, imaginem o que uma viajem no tempo pode causar. 
A franquia do Exterminador do Futuro trabalha com a lógica das linhas de tempo alternativas, onde o passado/ futuro não pode ser mudado, ou seja, toda vez que alguém volta para o passado surge uma nova linha do tempo paralela a linha do tempo original (está continua intacta). Esse fenômeno é conhecido como Paradoxo Temporal, vamos perguntar ao sábio Wikipedia do que se trata:

"quando um viajante do tempo vai para o passado, sua presença perturbadora, na maioria das vezes, gera resultados logicamente impossíveis.
Um clássico exemplo é o paradoxo da causa e efeito: se o viajante altera algum evento passado com o objetivo de mudar o futuro, assim que o fizesse deixaria de existir o motivo original e consequentemente a própria viagem. O motivo da viagem é a sua causa, se ele desaparecer, a viagem, que é seu efeito, também desaparece. Os autores de ficção buscam resolver os paradoxos admitindo a coexistência de universos paralelos possibilitando que as alterações nos fatos passados possam gerar futuros alternativos." (Wikipedia)

Por exemplo, sua viagem no tempo provocou a ação da borboleta bater as asas, mas a reação do furacão vai ser vista em um outro futuro, e não aquele no qual você entrou na máquina do tempo. Vamos a um exemplo mais didático, imagine que você é mandado para o passado, mata seu próprio avô, desta forma, como você continua existindo? No futuro dessa linha temporal você nunca irá existir, mas seu avô da outra linha do tempo continua a existir, dessa forma, o seu eu que viajou para o passado também.

Vamos agora tentar entender a partir dessa lógica as diversas linhas temporais do Exterminador do Futuro, filme por filme.


1º Filme: O Exterminador do Futuro (1984)

Quem volta para o passado?
Qual a missão?
Kyle Reese
Proteger Sarah Connor
Exterminador T-800
Matar Sarah Connor

Enredo: Logo no início do filme é informado que o Juízo Final aconteceu em 1997. A resistência, liderada por John Connor, está prestas a ganhar a guerra contra as máquinas, o ano é 2029. Para evitar a vitória dos humanos, como última cartada, as máquinas enviam um Exterminador para que o John nunca venha a nascer, querem matar o mal pela raiz.

Curiosidade: Nesse filme tem um diálogo bem interessante onde a Sarah pergunta para o Kyle se ele é do futuro, ao que ele responde que é de um futuro possível.

Consequências: um braço e um chip do Exterminador T-800 é deixado como vestígio, onde passa a ser usado em pesquisas.
Kyle morre, mas antes disso acasala com a Sarah, que dá origem ao John Connor. Ou seja, se não tivesse ocorrido a viagem no tempo o John nunca teria nascido e a Skynet nunca seria criada, desta forma, esta ao se criar também criou seu principal rival ( estaríamos diante de um loop? ).

Com isso passa-se a existir a 1ª linha do temporal:


2º Filme: O Exterminador do Futuro 2: o julgamento final (1991)


Quem volta para o passado?
Qual a missão?
Exterminador T-800
Proteger John Connor
Exterminador T-1000
Exterminar John Connor

Enredo: em 1995, ocorre mais uma tentativa da Skynet de exterminar o John Connor, agora com 12  (ou 11?? Ou 10??) anos de idade. Em contrapartida, a resistência envia um modelo T-800, capturado e reprogramado para proteger John. Ao desenrolar do filme descobre-se que o chip e um braço do T-800 do 1º filme estão com a Cyberdyne, que está usando como base para criar a Skynet.

Curiosidade: a máquina do tempo foi usada um ano após a 1ª tentativa. No 1º filme foi em 2029, já no 2º em 2030. É possível saber disso por um diálogo presente entre o T-800 e o John mirin:
"Quem enviou você?"
"Foi você 35 anos no futuro"

Outros diálogos interessantes:
"É da natureza do homem se destruir" (T-800). Ele quer dizer com isso que não importa protelar o Julgamento Final, pois mais cedo ou mais tarde ele vai acontecer?? 

"Não há futuro se não o fizer. Não há futuro se não aquele que construímos." (Connor, Sarah) Já para Sarah nosso destino é incerto.

Consequências: John, Sarah e o Exterminador T-800 explodem a Cyberdyne, o que acaba por adiar o ano do Julgamento Final para 2004. Se não tivesse acontecido, o julgamento final ocorreria em 1997, como pode-se observar na 1ª linha temporal.

Linha temporal: 

3º filme: Exterminador do Futuro 3: a rebelião das máquinas (2003)

Quem volta para o passado?
Qual a missão?
Exterminador T-850
Proteger John Connor
Exterminador T-X
Exterminar os líderes da resistência, inclusive John Connor

Enredo: anos após a destruição da Cyberdyne, John Connor vive à margem da sociedade aguardando o apocalipse, que não veio em 1997. Em 2004, Sarah Connor está morta devido a leucemia e a inteligência artificial da empresa Skynet está prestes a entrar em operação. Na tentativa de eliminar John e outros tenentes da Resistência a Skynet envia de 2032 para 2004 um novo modelo de Exterminador, o T-X. Para proteger o John a Resistência envia um T-850 reprogramado.

Observação: para mim esse é o filme mais fraco dos 5 já feitos.

Consequências: apesar de tentar, John não consegue evitar um novo Dia do Julgamento Final, que acontece após o Departamento de Defesa dos EUA acionar a Skynet, em 2004. Desta forma, a 3ª linha temporal criada acaba por ser muito semelhante a 2ª.

Linha Temporal:





4º filme: Exterminador do Futuro: a salvação (2009)

Quem volta para o passado? ninguém. É o único filme da franquia sem viagens no tempo.

Enredo: o filme se passa no ano de 2018. "Nele John Connor encontra Kyle Reese pela 1ª vez. Além disso, é neste ano que a liderança da Resistência é morta pela Skynet, abrindo espaço para que John se torne o líder deles. Ao mesmo tempo, a mesma Skynet avança com seus experimentos para combinar a fisiologia humana com as máquinas. Wright surge como o primeiro ciborgue criado para se infiltrar na Resistência enquanto acredita que ainda é humano. Ao mesmo tempo, o primeiro T-800 é ativado."

Curiosidade: no filme existe o personagem Marcus Wright, que é metade homem metade máquina. No ano de 2003 ele foi sentenciado a pena de morte, desta forma, faz um acordo doando seu corpo para que a Cyberdyne faça pesquisas após a execução. Em algum momento do mesmo ano, o exército dos EUA encampa o programa de desenvolvimento da Cyberdyne, assumindo a Skynet.
No ano de 2004 nasce Kyle Reese.

Consequências: John se torna o líder da Resistência. O T-800 é criado. John ganha a famosa cicatriz no rosto.

Linha Temporal: é a mesma do 3º filme


Obs.: daqui pra semana que vem eu atualizo esse post com a linha temporal do 5º filme, o Gênesis.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O Nevoeiro



Assisti "The Mist" há muito tempo atrás no cinema. Achei tosco, bizarro, mal feito e sai falando super mal, desconfio que tava de TPM esse dia. Fui totalmente ingrata com esse filme, já revi diversas vezes (é...., eu tenho essa mania de ficar revendo filme, é legal, às vezes mudo minha opinião, as vezes passo a gostar mais, reparo os detalhes....) e, atualmente, acho simplesmente genial.

"As pessoas são boas, decentes. Meu Deus, somos uma sociedade civilizada" diz a mocinha.

"Claro. Contanto que as máquinas funcionem e o 190 atenda. Tire isso, deixe todo mundo no escuro e assustado e as regras se vão. As pessoas vão recorrer a quem quer que ofereça uma solução. Somos fundalmentamente insanos como espécie. Coloque gente suficiente num quarto e é só uma questão de tempo até cada metade começar a imaginar maneiras de matar a outra", respondem os pessimistas (ou seriam realistas?).

Munido desse roteiro ácido e politizado, de sua autoria, Frank Darabont adapta pela 4ª vez uma obra do mestre Stephen King.

Ele trabalha num nível além da lógica do susto, que move o gênero e que nem sempre funciona. "O Nevoeiro" não é exatamente uma obra de terror. Há monstros, há perigos, há medo, mas não é o horror que dá o tom central do filme. O orçamento barato - o filme não parece ter vergonha disso - garantiu efeitos visuais de segundo escalão (esse foi um dos motivos que me fez desgostar da 1ª vez), mas mesmo que estejamos diante de um filme de ficção científica ou de terror, não é o visual o que mais importa. O Nevoeiro é um daqueles estudos do comportamento humano num ambiente de desespero. Para o escritor, o mais assustador que o homem pode encontrar pela frente é o espelho. É nele que vemos monstros de verdade.

Quando uma névoa misteriosa deixa preso um grupo de pessoas dentro de um supermercado, estamos diante da civilização em reverso, elas podem tornar-se tão perigosos quanto os monstros que estão fora. Stephen King nos amedronta mesmo é com uma volta a barbárie. Ele aposta no desespero como consequência do nosso medo do desconhecido, que transforma o homem numa aberração. Onde apontar inimigos a sua volta parece a única coisa que resta quando o que importa é sobreviver. Cada uma das pessoas trancadas naquele espaço tem que aprender a se portar diante da perda do controle diante da situação: é aí que surgem a política, a organização social e a religião – e, então, aparecem os papéis. É uma verdadeira aula de sociologia. E Daranbont filma essa confusão exemplarmente, com movimentos de câmera inteligentes, aproveitando ao máximo o cenário mega limitado. Ele dosa super bem o suspense e o drama. A ação e o horror existem, mas é o desespero da expectativa que torna "O Nevoeiro" um excelente filme. Em uma das cenas por exemplo, o destino do motoqueiro é contado pela tensão no cordão que o grupo tenta puxar de volta, é tudo pura sugestão.

Em tempos de fúria, o oráculo interpretado por Marcia Gay Harden, talvez no momento mais alto de sua carreira, ganha um destaque inevitável. Mas Thomas Jane (o Justiceiro :P), um ator limitado, dá uma credibilidade inesperada a seu herói comum. Em torno deles tem um grupo de coadjuvantes eficientes. Daranbont sabe explorar os personagens com calma, dando espaço para os atores dimensionarem seus papéis e nos entregarem belas interpretações.

"O Nevoeiro" é um dos poucos filmes que sabem usar o material original como plataforma para um salto maior, e não apenas uma mera adaptação como tem de bolo por aí ultimamente. A cena final (sem spoilers eu sei) coroa este projeto com coragem e uma desenvoltura impressionante.

Algumas informações retiradas do excelente: filmes do chico.

Nota: 10 de 10